segunda-feira, 27 de junho de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 176



Azuis como sempre
Teus olhos que não eram azuis
O amor consegue transformar
Palavras e realidades
Nunca mais os caminhos
Irão ser os mesmos
Bem o sabemos e negamos
Por puro exercício
E também desperdício
Meu martírio não é dos piores

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Nenhuma tristeza
Como o que possuo
Isso até virou tipo moda
Como quebrar regras                                           
De alguns pontos de vista
A fila da mediocridade anda
E como figuras de dominó
Vamos todas caindo

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Definitivamente
Definitiva mente
Definitiva mente

E os poetas a usam
Para expressar a verdade
Assim como lucidez
Sem ter loucura
É simplesmente impossível

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Sentir-me novo como cada dia
(mesmo que digam impossível)
Sentir-me alegre como passarinho
(ainda me faltando alguns céus)
Sentir-me solto como vento vadio
(liberdade sempre seja bem vinda)
Sentir-me amante como um palhaço
(no grande picadeiro da vida)
Sentir-me aventureiro como menino
(poder galopar nas entrenuvens)
Sentir-me velho como cada dia
(isso não podemos evitar...)...

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Gira minha pobre cabeça tonta
Em letras de todos os tamanhos
E a minha fantasia apronta
Os meus devaneios mais estranhos

Corre minha alma quase presa
Em lugares antes não conhecidos
E mesmo desagradável a surpresa
Os nossos caminhos foram merecidos

Voa minha fantasia mais louca
Se esconde entre as nuvens de algodão
Mesmo que a tristeza cale minha boca
Não poderá calar o meu coração

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Silêncio 
Entre o barulho do centro da cidade
Na hora do rush estamos surdos
Pombos não voam
Apenas correm e correm
Bem mais que os gatos
O insólito serpenteia
Entre vitrines e pessoas
Silêncio...

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Talvez sim, talvez não,
A lápide traz apenas a data
Que a vida viveu e agora mata,
Se acabou toda a estação.

Ou medo ou indiferença,
Obra de arte ou objeto sombrio,
O que era só calor agora é frio,
Não importando qual a crença.

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