sexta-feira, 10 de junho de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 166

Eu não sou um pássaro,

Mas percorro todos os céus

No tempo que ainda possuo...


Eu não sou um sonho,

Sou apenas um pesadelo

Que alguém teve...


Eu não sou uma canção,

Sou apenas mais um grito

Que se calou na multidão...


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Orquídeas resmungam

Rosas se drogam em abundância

O amor tem limites no ilimitado

Em mil anos serei um conhecido

Completamente desconhecido...

A festa é agora!

Feliz como o miserável

Que achou um pão no lixo

Eu cato minhas reticências

Como os pombos catam suas migalhas...


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Caímos como moscas. O tempo é só isso. A perda do equilíbrio, nada mais. Mergulhamos feito folhas. O chão é a nossa meta. Asfalto ou terra, tanto faz. Um espaço em branco espera minhas palavras. São tantas mancadas e algum perdão, vez em quando. Ladramos feito cães. Toda vulgaridade é bem aceita. Simples como a água que nos afoga. O eu (meu) menino desenhou um sol para espantar a chuva. Isso que eu chamo de eternidade...


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Atentamente olhava para o nada. Dias distantes que estão bem aqui. Posso sentir gostos e cheiros já extintos. Com minha sofreguidão habitual. Lindo como uma flecha no ar. Eu bem o sei. A luz do sol entranhou em minha alma de uma vez por todas. Não posso negar. Tristeza e alegria possuem algo de semelhança se nossos olhos não estão cegos. Todas as revoluções são minhas. Aprendi passos mais ligeiros. Sou um pássaro sem asas e um fantasma que possui muito medo...


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Nem muitas nem poucas

Apenas as necessárias

Não precisa serem da boca

Ou ainda escritas

De olhos são boas

De peito mais ainda

Da alma - insuperáveis

Amo as palavras...


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Teime e queime. Viver não é bom, mas é. Que nosso desespero aumente a lista de compras. A minha saudade incendiou o castelo. Quanto mais loucura, melhora a minha febre. Os meus gritos sem sentido acabam possuindo algum deles. Todo o de repente aconteceu conforme o que foi programado. Um sorriso pelo menos escapa-me do canto da boca. Não é apenas deboche barato. Alguns deles são até bem caros. Acenda a venda. Eu queria até dormir, mas não consigo...


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Dropes de anis. Nossa felicidade vem mancando. Sombras dispersas da árvore que cobria a rua. Nada mais quase existe. Estou cheio de stops. Os pássaros gritam no alto. Acabou a cantoria. Falar dos mortos é fácil. Revivê-los nem tanto. Meus ombros tremerão? Ou é só mais uma mentira piedosa? Com as calças na mão e erros para qualquer mortal. Ainda há tinta. E um medo bailando sem plateia. Engoliram todos os símbolos. E não me importam quaisquer dogmas. A lógica saiu por aí gritando impropérios. Nuvens azuis podem ser verdes. E um pacote chinês com uma sorridente cara séria. Veloz, veloz...


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