Eu não sou um pássaro,
Mas percorro todos os céus
No tempo que ainda possuo...
Eu não sou um sonho,
Sou apenas um pesadelo
Que alguém teve...
Eu não sou uma canção,
Sou apenas mais um grito
Que se calou na multidão...
...............................................................................................................
Orquídeas resmungam
Rosas se drogam em abundância
O amor tem limites no ilimitado
Em mil anos serei um conhecido
Completamente desconhecido...
A festa é agora!
Feliz como o miserável
Que achou um pão no lixo
Eu cato minhas reticências
Como os pombos catam suas migalhas...
...............................................................................................................
Caímos como moscas. O tempo é só isso. A perda do equilíbrio, nada mais. Mergulhamos feito folhas. O chão é a nossa meta. Asfalto ou terra, tanto faz. Um espaço em branco espera minhas palavras. São tantas mancadas e algum perdão, vez em quando. Ladramos feito cães. Toda vulgaridade é bem aceita. Simples como a água que nos afoga. O eu (meu) menino desenhou um sol para espantar a chuva. Isso que eu chamo de eternidade...
...............................................................................................................
Atentamente olhava para o nada. Dias distantes que estão bem aqui. Posso sentir gostos e cheiros já extintos. Com minha sofreguidão habitual. Lindo como uma flecha no ar. Eu bem o sei. A luz do sol entranhou em minha alma de uma vez por todas. Não posso negar. Tristeza e alegria possuem algo de semelhança se nossos olhos não estão cegos. Todas as revoluções são minhas. Aprendi passos mais ligeiros. Sou um pássaro sem asas e um fantasma que possui muito medo...
...............................................................................................................
Nem muitas nem poucas
Apenas as necessárias
Não precisa serem da boca
Ou ainda escritas
De olhos são boas
De peito mais ainda
Da alma - insuperáveis
Amo as palavras...
...............................................................................................................
Teime e queime. Viver não é bom, mas é. Que nosso desespero aumente a lista de compras. A minha saudade incendiou o castelo. Quanto mais loucura, melhora a minha febre. Os meus gritos sem sentido acabam possuindo algum deles. Todo o de repente aconteceu conforme o que foi programado. Um sorriso pelo menos escapa-me do canto da boca. Não é apenas deboche barato. Alguns deles são até bem caros. Acenda a venda. Eu queria até dormir, mas não consigo...
...............................................................................................................
Dropes de anis. Nossa felicidade vem mancando. Sombras dispersas da árvore que cobria a rua. Nada mais quase existe. Estou cheio de stops. Os pássaros gritam no alto. Acabou a cantoria. Falar dos mortos é fácil. Revivê-los nem tanto. Meus ombros tremerão? Ou é só mais uma mentira piedosa? Com as calças na mão e erros para qualquer mortal. Ainda há tinta. E um medo bailando sem plateia. Engoliram todos os símbolos. E não me importam quaisquer dogmas. A lógica saiu por aí gritando impropérios. Nuvens azuis podem ser verdes. E um pacote chinês com uma sorridente cara séria. Veloz, veloz...
...............................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário