quarta-feira, 29 de junho de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 177

É tudo apenas uma valsa triste
O salão? É o mundo...
Em que tudo teima e resiste
Mas apenas por um segundo...

É tudo apenas mais uma farsa
A nossa mentira não persiste
E nem o riso disfarça
O que é alegre do triste...

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Quantas voltas dá o cata-vento?
Na mão do menino dá voltas infinitas
Até que o tempo não exista mais...

Mar infinito de ondas giratórias
Girassol que mudou suas cores
Para ter todas elas de uma só vez!

Por onde andarão as praças e as festas
Em que pedia você ao meu pai?
Noites frias de São João agora mortas...

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Teste preste reste veste 
As palavras desfilam ante meus olhos
Para que algum motivo algum?
Veste inceste agreste peste 
Até o silêncio tem sons
Nunca parou para observar?
Celeste oeste faroeste cafajeste
Há uma música para tudo
Até as máquinas gostam de cantar?
Teste inceste celeste peste

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Matar-se de uma vez
Ou em pequenas doses?
Todo momento é mágico e único...
Por que desperdiçá-lo?
A morte virá ao seu tempo,
Tristezas e alegrias também...
Desesperar-se logo
Ou fazer isso aos poucos?
Toda tragédia vai acabando...
Vamos esperar mais um pouco!
O medo espreita à todos,
Rindo de tudo o que existe...

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Cartas marcadas, dado viciado,
Quebre as regras do jogo,
Não se importe com o rogo,
São tiros para todo o lado...

Passarinho de asa quebrada,
Misture o tudo com nada,
A vista está tão cansada...

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Amargo da língua
Em concepções raulseixianas 
Pesadelos que acabam agradando
Tudo se move mesmo na imobilidade
Me dê dois por favor
Os opostos se contraem
Queria eu que tudo retornasse
E o retorno fosse contínuo
Do que se gosta até se enjoa
Mas mesmo assim a teima é maior
Procurei no escuro
Mas só achei claridades obsoletas
Algumas mariposas bem pequenas
Acabam fazendo toda a esta...

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Discretamente com as nádegas à mostra
Ela bêbada e drogada gritava sandices
Para quem passasse por perto...
Onde estará minha antiga estrela?
Ao se refletir espelho do mar
Todo seu brilho acabou se apagando...

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