sábado, 2 de julho de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 178

Delírios. Sinais óbvios, mais que evidentes. De lírios. Como entre bichos, terras e gentes. O que eu faço, o que eu digo. A minha imaginação, as mãos estendidas do mendigo. A curiosidade matou o gato. Matou também o fato, era exato, era chato. Acordo dormindo, seja bem vindo. Ai, mais que lindo. Era a etapa, quase saímos no tapa, não estava no mapa, não cobre, mas tapa. Não espere o bote, só espere o lote, pode ser trote. Note e não anote. Delírios. Sinais óbvios, não evidentes. Os círios. Mortos e quentes...


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Dar voltas em volta de mim mesmo,

Até tontear, até cair no chão

E rir dessa apenas brincadeira...

Olhem como estou...!

Sozinho com milhares de estrelas,

Pesado, porém, nas nuvens,

Meu silêncio para um carnaval,

Desamado, porém te amando sempre,

Até que a eternidade seja um simples detalhe...


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Escola da tristeza,

Todos nós estamos nela,

Aprendendo à chorar

Mesmo sem ter jogo,

Mesmo sem ter lágrima,

Sem horário fixo,

Sem uniforme,

Não há deveres de casa

Um aluno só por sala,

Um aluno só por vez,

Partida individual...


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A posição de lótus

A posição das fotos

E a banalidade nos servindo de base

Toda e qualquer banalidade existente

O cigarro amassado

O cigarro cansado

Arremessamos apressados nós mesmos

Para uma roseira somente com espinhos

A dualidade acesa

A dualidade presa


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Madrugadas sem madrugadas

Roseiras dormindo o sono dos mortos

Eu gostaria de sonos mais profundos

Em que os pássaros não mais me encontrassem

Quando batessem seu cartão de ponto

As ondas perguntariam por mim?

As nuvens ririam de minhas velhas histórias

E talvez antigos carnavais voltassem...


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Elevador. Ratos de laboratório. Cada um, um comportamento diferente. Diferentes graus, diferentes histórias, diferentes demências. Sonhos parecidos. A felicidade tem mil disfarces, mas continua a mesma, a mesma senhora com alma de menina. Vários prédios, várias fábricas, humanas invenções. O tempo é um louco gritando bonitos impropérios, ninguém escuta, todos escutam, ele é a fera que suaviza seus pesados passos. Elevador. Escada rolante. Eu tenho medo, somente em sonhos que não...


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Escapar ileso,

Sem massa ou peso,

Escapar inteiro,

Daqui ou forasteiro,

Carrego em mim todo o tempo do mundo,

Esperto, otário, sou santo e sou vagabundo,

Escapar ileso,

Sou livre e sou preso,

Escapar voando,

Rindo ou chorando...


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