sábado, 11 de junho de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 168


Espere mais um pouco

espere e espere e tenha calma

Ainda estou rindo e um pouco muito

de algo que não entendi semana passada

São tantas as histórias

que acabei perdendo o fôlego

Abri meus olhos na hora exata

em que o mundo caía lá de cima

E depois o que eu acho só acho

mas os detalhes foram todos embora...


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Acabo me contentando com detalhes

E as covinhas que a menina possuía ao sorrir

Não sei se ela sorria porque achava graça

Ou apenas cumpria banais compromissos

Eu viajo agora sem pés mais que antes

Pois só a memória poderá salvar-me

De inimigos que nem consigo ver

Os passarinhos que despertam as manhãs

Esses eu nunca saberei quem são


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Tem um sorriso diferente no canto da boca

Como uma teima pelas manhãs com chuva

Tem uma rotina vulgar como milhões dela

Que não traz surpresa alguma possível

Seus sonhos cobertos estão de lógica insana

Como se o distante apenas não existisse

Sei que ela ainda existe por pura coincidência

Alguns sons acabam chegando aqui na furna

Parei de ter insônia pelo sorriso dela

Mas os seus cortes em minha pele ainda doem


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A casa não caiu

O teto está no mesmo lugar

Eu tenho dúvidas

Mas não quero destruí-las

O sol é meu

Mas passou o carnaval

Posso repetir?

Juro solenemente

Que espalho cinzas depois


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Eu nem sabia

Se a manhã era fria

E a tarde era quente

Eu nem sabia

E quem saberia

Que igual é diferente

Eu nem sabia

Que te amaria

Me tornando demente...


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Cada pincelada - uma gota de sangue

Um momento congelado para sempre

Um vídeo de eterna e terna repetição

Cada cor - apenas mais um sopro

Um suspiro dado meio escondido

A imaginação chegando sem aviso

Eu agora tremo num delírio inidentificado

Como os bebuns que não bebem mais


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Pode deixar ali mesmo

Quando acabar de chorar eu faço a festa

Não há convidados para minha tristeza

Vamos esquecer as chuvas por um momento

Ainda me lembro do sol...


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