sexta-feira, 10 de junho de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 167




Grito mudo o tempo todo

é apenas mais um ritual de futilidades

Os olhos cegos ainda servem um pouco

Nada foi tão divertido como agora

Ajeite o nó da gravata

Devo estar com algum sono ainda

O tempo chegou atrasado

Lindas meninas que já foram e não mais


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Abracemos a tristeza

Com especial carinho

Suas lágrimas podem ser enxugadas

(ou não...)

Mas sua ternura pode estar presente

Até que os tempos sejam consumidos


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Onde será

que mora o indecifrável da morte

que sempre nos seguiu

desde o início?

Em alguma terra sinistra e distante

ou numa dessas esquinas por aí?

Será decrépita ou jovem?

Ou não terá idade alguma?

Vem por maldade

ou cumpre seu compromisso?

Terá crueldade conosco

ou é mais piedosa do que parece?

Onde estará?

Só o destino para responder...


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O tempo faz sua parte...

E as ladeiras cada vez mais íngremes

Agora só trazem canseira...

E os carnavais perderam o encanto

que um dia eu vi...

E as estrelas se apagam do céu

porque meu sono me ataca...

E as pedras malvadas foram atiradas

e espantaram os passarinhos...

O tempo fez sua parte...


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Há uma certa dose de medo

Junto em cada sombra, 

Silêncio de noite fria inesperada,

Não tenho mais medo algum,

Desde que a solidão entrou em mim,

Por todos os poros,

Em caminhos inexploráveis...


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Chama-me de qualquer coisa

Use antigas fórmulas mágicas

Ou a mais moderna tecnologia

Fique louca ou mesmo tarada

Xingue-me sem motivo algum

Como fazem tantas e tantas

Só não me esqueça igual brinquedo

Velho e quebrado...


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A corda em silêncio

Alguns na multidão

Silêncio total

E outros nem tanto

Os corvos sobrevoam

Esperando ansiosos

Que me enforquem logo...


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