quinta-feira, 23 de junho de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 174


Eis os menestréis,

alguns malditos,

outros benditos...

Suas canções,

umas tão lindas,

outras tão feias...

Eis o palco do mundo,

uns cheios de vida,

outros com a morte...

Eis-me aqui,

nada sei e nada tenho...


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Tantos gatos houveram, agora não tenho nenhum. Se a solidão fosse  um gato, eu teria um deles, mas não é e nem será. Tudo parte sem deixar rastro, só suas marcas nos afligem e doem. Não adianta pedir retorno de coisa alguma. Tudo vai e nada volta. Um imenso carrossel talvez. Ou uma roda-gigante durante a noite num tempo quente. Assim é. Bombom pelo menos me dê um sinal...


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Noite cheia de sons

Os cães ainda ladram na vizinhança

Eu sinto o chão frio sob meus pés

O destino é um grande narcisista

E tudo se sucede como não deveria ser

(pelo menos para os tristes)

Eu sinto vários odores

Como se fosse um cão farejador

Tudo dói em minha volta

(estava escrito no script da peça...)...


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Dias velozes, isso sim

Em que as horas são levadas

Pelos minutos, formigas apressadas

Levando folhas mortas

Ou corpos também

Dias ferozes, isso sim

Em que vários monstros

Disputam entre si 

Os vários sorrisos que engolem

Sem cerimônia alguma

Dias atrozes, com certeza

Dias da execução das fantasias,

Do assassinato dos sonhos,

De muitos e cruéis desamores

Que cavam suas próprias covas...


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Cenas todas

velozes ou quase paradas

Cenas tolas

feliz mediocridade

Cenas pobres

e na óbvia simplicidade triunfante

Cenas ricas

e vários detalhes para caírem podres

A minha felicidade é sem limites

mesmo quando está triste


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Perdi uma ideia

Fugiu-me como a mosca

Que não é capturada por mãos

Tudo acaba fugindo

A inspiração sobretudo

Sou muito distraído

Há muitas nuvens para serem olhadas

E momentos para serem contados

Esses raios de luz também são meus

Perdi uma ideia

Fugiu-me como mosca

Só os olhos capturam certas coisas...


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 A vida... Um remédio amargo

que temos de engolir...

A morte... Um pequeno susto

que pode acontecer...

A paixão... O espinho que pegamos

e se fere - repetimos...

A alegria... Um pássaro bonito

que a porta ficou aberta...

A tristeza... Uma visita 

que veio e acabou ficando...


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