Qualquer dia desses mergulho de cabeça numa fotografia dessas bem antigas e volto no tempo...
O motivo? Essa saudade que me aperta a garganta feito nó de gravata mal dada que acaba parecendo uma forca... Não que eu use mais gravatas, isso também são outros tempos...
Qualquer dia desses brigo com o relógio e aplico-lhe uns bons de uns tapas...
Por que? Já viu a maldade que ele faz com a gente? Tudo se torna tão distante que não dá mais pra ver nada... Surge um desespero porque estamos sempre sós em qualquer lugar...
Uma horas dessas eu quebro o espelho em mil cacos, ele me pega todo esse deboche que até hoje fez comigo...
Qual deboche? Dessa descrição interminável de que tudo o que é bom acaba partindo, que tudo que amamos desaparece... Desaparece em nuvens lá no alto que nunca poderemos alcançar...
Saio por aí, pelo mundo e ninguém me encontra mais, podem me procurar em tudo quanto é lugar...
Sumo pra quê? Pra conhecer terras que não conheci, algumas por oportunidade, outras por medo mesmo... Esse mesmo medo que a velhice acabou destruindo mesmo sem querer...
Esqueço as juras que fiz, mas por sobrevivência do que por questão de mau-caráter, pode anotar aí...
Que juras são essas? Aquelas que fiz brigando com minhas paixões que acabaram (desleais que são) ferindo-me... Mais do que milhares de espinhos e milhares de facas também...
Qualquer dia desses acho alguém mais louco do que eu e que tenha feito uma máquina do tempo...
O motivo? Essa saudade que me dá uma vontade danada de andar pra trás pra poder resgatar sonhos... E conseguir de volta aquelas antigas novidades...
Nenhum comentário:
Postar um comentário