é como um livro dentro dos outros uma história dentro de outras assim é a ilusão sucessiva de mudanças imudáveis e tenho dito e tenho visto as mesmas mesmices baratas e por isso mesmo cara demais lembrem bem troquem os nomes ou não e chegaremos no mesmo lugar tudo azul em cores amarelas aqui está seu pedido senhor bom apetite com os cumprimentos do chefe aqui está o homem e seus contratempos certos ou não dependendo de quem apertou o botão a obra procura por seu autor seja ela a bomba ou a rosa a vida procura seu motivo até que encontre a morte e ambas deem as mãos e dancem um tango uma rumba ou ensaiem passinhos é eu sei sou um homem do meu tempo ou à frente dele o amor não me levou em lugar algum mas me transformou em todos eles não é só poético isso é real como são todos as fantasias que usamos no carnaval passado que venham os tiros as flores acabaram ou estão de férias mas as batalhas não as intimidam cuidado Ziquinha os preços do mercado são enganosos um gole só não mata a sede e um trago só não mata a vontade nem todas as chuvas dariam pra isso e o mar só chegaria na metade e por falar em mar que falta sinto de algo que não incomoda e nem traz verdadeiras saudades são de algumas lágrimas que caíram pelos corredores e eu não voltei atrás para buscá-las é assim é assado é tudo muito bom enquanto a nova novidade não chega de pernas abertas dizem que a fila anda mas não sei porque as letras de vez em quando embaralham e surgem enigmas desconhecidos até para a Esfinge novas paródias estão por aí mesmo até em velhas bancas de jornal com sotaques bem carregados é o correto errando em suas boas intenções quem nos salvará de nós mesmos? quem nós salvará de nossa crueldade fantasiada de senso-comum? esqueça isso apenas sob a luz de fracas lanternas atravessaremos o túnel nunca sabemos que é o tiro e quem é o alvo nunca iremos na terra-do-nunca porque os ingressos esgotaram e os cambistas também são seus fãs o mágico usa sua cartola para cerimônias de vudu e nem precisa dizer quem ele é...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Insaneana Brasileira Número 10 - O Verdadeiro Estado das Coisas
é como um livro dentro dos outros uma história dentro de outras assim é a ilusão sucessiva de mudanças imudáveis e tenho dito e tenho visto as mesmas mesmices baratas e por isso mesmo cara demais lembrem bem troquem os nomes ou não e chegaremos no mesmo lugar tudo azul em cores amarelas aqui está seu pedido senhor bom apetite com os cumprimentos do chefe aqui está o homem e seus contratempos certos ou não dependendo de quem apertou o botão a obra procura por seu autor seja ela a bomba ou a rosa a vida procura seu motivo até que encontre a morte e ambas deem as mãos e dancem um tango uma rumba ou ensaiem passinhos é eu sei sou um homem do meu tempo ou à frente dele o amor não me levou em lugar algum mas me transformou em todos eles não é só poético isso é real como são todos as fantasias que usamos no carnaval passado que venham os tiros as flores acabaram ou estão de férias mas as batalhas não as intimidam cuidado Ziquinha os preços do mercado são enganosos um gole só não mata a sede e um trago só não mata a vontade nem todas as chuvas dariam pra isso e o mar só chegaria na metade e por falar em mar que falta sinto de algo que não incomoda e nem traz verdadeiras saudades são de algumas lágrimas que caíram pelos corredores e eu não voltei atrás para buscá-las é assim é assado é tudo muito bom enquanto a nova novidade não chega de pernas abertas dizem que a fila anda mas não sei porque as letras de vez em quando embaralham e surgem enigmas desconhecidos até para a Esfinge novas paródias estão por aí mesmo até em velhas bancas de jornal com sotaques bem carregados é o correto errando em suas boas intenções quem nos salvará de nós mesmos? quem nós salvará de nossa crueldade fantasiada de senso-comum? esqueça isso apenas sob a luz de fracas lanternas atravessaremos o túnel nunca sabemos que é o tiro e quem é o alvo nunca iremos na terra-do-nunca porque os ingressos esgotaram e os cambistas também são seus fãs o mágico usa sua cartola para cerimônias de vudu e nem precisa dizer quem ele é...
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