Não é bem assim que eu queria...
O silêncio no ar é sufocante...
Tão presente... Visceral... Viciante...
Assim como o itinerário da queda da folha...
Eu queria poder rir... E rir... E rir...
Como o menino em tempos passados...
Mas a lâmina da espada cortou o ar...
Sonhos feito bolhas de sabão que estouram...
Os barquinhos de papel não chegarão ao mar...
A noite se recusa à dar qualquer declaração...
O meu estado de choque é tão normal...
Talvez devesse morder as pétalas da rosa...
O corcel do cavaleiro era feito de plástico...
A vida uma simples piada de mau-gosto...
A morte um soneto muito malfeito...
E pensar possa significar apenas perigo...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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