Leleca Manuca usava espora de gato na mão
Bebia cadeado num sábado e no outro não
Comi\ vodca adoçada com creme de macarrão
Pintava o sete e pintava o oito chei de aflição
Cavuca cavuca a manca retalhe de pé feito pinhão
Brincava de quem é o mestre com a televisão
Miriba a pocilga de quem faz bolo com a mão
Tresebo mais que sebo que vem de caminhão
Bebe xampu de litro quando é dia da eleição
Iogurte quem curte mais é o danado do Cramunhão
Pixirida danada desde os tempo de Zozó da Conceição
Eu que melo o remelo que nem seu Melo era melão
Coisa boa é batata baroa com chuchu e agrião
Mendigo famoso seu macaco trevoso não quero não
Te gosto não gosto e te faço lamber o meu chão
Piriquinga já fez a mandiga bem no meu lampião
Pra alumiar sua raba que nem se acaba imensidão
Faz caceta que nem a corneta da anunciação
Nanuque puluque comi e quase tive congestão
O que me salvou foi comer uma broa com limão
Era um cá pra lá e um lá pra cá numa só confusão
Brincar com dinossauros é a mais pura diversão
Meia dúzia de dezena agora rima com milhão
Foi passear no bosque e levou mais de um pelotão
Agora vivo tranquilo com a mais pura aflição
Batuque agora com o pé nada de rezar mais em vão
Fafaco Couro de Pato não queria extrema-unção
Só queria beber coca-cola se fosse do Maranhão
Leleca Manuca usava espora de gato na mão...
(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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