sábado, 13 de julho de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 278

Eu quis rir e ri. De mim mesmo fazendo caretas no velho espelho. Achando graça em segredo como muitos acham e eu na hora acabo não achando. Eu comemorei meu fracasso. Toda moeda tem dois lados e alguém deve ter vencido no meu lugar. Achei o luto apenas um detalhe. O mundo é feito disso o tempo todo e as folhas não param de cair em todos os lugares. Agradeci novamente aos passarinhos. Aqueles que escuto todos os dias quando amanhece e mesmo não sabendo quem são continuam sua cantoria. Rir é bem mais fácil do que se pensa. Mesmo quando rimos de desespero. Eu quis rir e ri...


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Pobre poeta (eu) que confundiu as palavras em seu afã apressado de ter pouco tempo. Errar também é uma arte, sabia? Muitos acertam e depois acabam se arrependendo. O bem sucedido nem sempre é, foi apenas o que queria algo que agora não quer mais. Acumuladores doentios é que somos. Pobre poeta (eu) que escreveu milhares de palavras para nunca serem lidas...


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Talvez os deuses tenham pena de mim e deem um novo rio para poder navegar. Um rio mais calmo, sem correnteza forte, mas que mesmo assim me leve ao mar. Talvez os deuses tenham pena de mim e me deem um novo amor que possa me curar. Desta minha ferida mais antiga que me segue desde que vim para este mundo. Talvez os deuses tenham pena de mim e deem uma nova história. Sem tantos espinhos como estes...


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Simples muito simples

Palavras que o poeta faz

De amor ou de ódio

De guerra e de paz

Que são mais gritos

Ou que o silêncio traz

Simples mais que simples

Palavras que o poeta faz


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Não há nuvens suficientes

Para tantos baratos 

Como são os nossos sonhos...

Não há medos que superem

Todos estes desafios

Que os dias nos trazem...

Não existem canções mais bonitas

Do que essas que só

O peito dos poetas sabem cantar...


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Tudo aquilo que fiz

Acabei me esquecendo

Quando muito

Sobraram cicatrizes

Das feridas mais dolorosas

Elas é que farão

Meu último cortejo...


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Aquilo que fomos, não seremos mais...

As mensagens nas garrafas não serão mais lidas...

Aquilo que acreditamos, não cremos mais...

Todas as nossas profecias não serão cumpridas...

O que nossos olhos viram, não veremos mais...

Aquilo que achamos morte, são apenas vidas...

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