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Pobre poeta (eu) que confundiu as palavras em seu afã apressado de ter pouco tempo. Errar também é uma arte, sabia? Muitos acertam e depois acabam se arrependendo. O bem sucedido nem sempre é, foi apenas o que queria algo que agora não quer mais. Acumuladores doentios é que somos. Pobre poeta (eu) que escreveu milhares de palavras para nunca serem lidas...
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Talvez os deuses tenham pena de mim e deem um novo rio para poder navegar. Um rio mais calmo, sem correnteza forte, mas que mesmo assim me leve ao mar. Talvez os deuses tenham pena de mim e me deem um novo amor que possa me curar. Desta minha ferida mais antiga que me segue desde que vim para este mundo. Talvez os deuses tenham pena de mim e deem uma nova história. Sem tantos espinhos como estes...
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Simples muito simples
Palavras que o poeta faz
De amor ou de ódio
De guerra e de paz
Que são mais gritos
Ou que o silêncio traz
Simples mais que simples
Palavras que o poeta faz
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Não há nuvens suficientes
Para tantos baratos
Como são os nossos sonhos...
Não há medos que superem
Todos estes desafios
Que os dias nos trazem...
Não existem canções mais bonitas
Do que essas que só
O peito dos poetas sabem cantar...
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Tudo aquilo que fiz
Acabei me esquecendo
Quando muito
Sobraram cicatrizes
Das feridas mais dolorosas
Elas é que farão
Meu último cortejo...
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Aquilo que fomos, não seremos mais...
As mensagens nas garrafas não serão mais lidas...
Aquilo que acreditamos, não cremos mais...
Todas as nossas profecias não serão cumpridas...
O que nossos olhos viram, não veremos mais...
Aquilo que achamos morte, são apenas vidas...
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