terça-feira, 16 de julho de 2024

Papuleios de Deman

Foi no capim maneiro que ela fez a grande descoberta:

- Puta que pariu! Puta que pariu...

E os carneirinhos ladravam em bando:

- Vamos pra onde?

- Pro céééé, pro céééé!

Até Mimico canetou embaixo...


E Lalaca lavando a tabaca:

- Peixe frito na calda de pêssego? Diliça...

Bota mais cerveja nesse pastel, ô arrombado...

Mando furá o zóio daquela desgramuda,

Ladra cuzuda de panela, xexelenta...


Tava vendo uma revista dia desses

E secou quase que tudinho, merenga:

Burra caninana do mosquito largo,

Tou bebo que nem o Lorca, ah, tou...

Quase que vomitei no céu!


Já pensou em se foder, carago?

Pois vai logo, disgramento sebundo,

Sua rolha de maço, babaquina!

Não quero mais papo não!

O palhaço ganhou chute no estrumengo...


Cãosuelo foi de relo abaixo! Tadinha!

Mas quem mandou abrir o goeleiro?

Nunca mais viu o tamanco fezino,

Esbutucou de pereio pra cima

Enquanto a vermerada festiava!


Mete a linha no cu! Mete a linha no cu!

Se eu pudesse te dava no cara, safada!

Sambava no peido, sabe não? Ah...

Como jiló que nem a minha avó,

Meio quilo por segundo, hum...


Fútima tem birruga na napa,

Parecida com a tapona do maleco,

Igualzinha, sem pôr e nem pôr,

Deu errado graças ao chinoco...


Faz tempo que eu não vejo o tempo...


(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

E O Poeta Morre...

E o poeta morre... Quando a palavra falha Quando corre da batalha Quando beija o fio da navalha... Sei que morrer também é ofício Mas então ...