- Prezadas senhoras e senhores:
Faço minhas as palavras de Valença,
Vamos tomar remédio e inventar doença,
Estamos na época mais engraçada
Onde o melhor de tudo é mulher pelada,
Onde se morre de frente à lanchonete
E muita gente no café da manhã faz boquete.
Dito isto ainda tenho muito que falar,
Não existe diferença entre pensar e cagar,
Quanto pior será o que tem de melhor,
Isso desde o tempo da minha avó,
Aquela velha mais ridícula e safada,
Que valia bem menos do que nada...
Somos do tempo do maior consumo
Com lares piores do que bocas-de-fumo,
Se o marido da bota é o boto,
Vamos meter a cara no esgoto,
Churrasco de pastel, churrasco de pastel
Pra quem já vai foi daqui pro beleléu,
Eu não tenho nada com isso,
Se foi meu gato que fez o chouriço,
Se a porca manca está com preguiça
E se o namorado dela virou linguiça...
Assim leiam logo a minha cartilha
Onde mostro que toda mãe já foi filha
E que todo cara que é agora zarolho
Tem esse problema bem no seu olho...
O mundo é muito bom pra se morrer,
Onde é ateu aquele que mais crê.
Conto com seus votos mais que certos,
Para satisfazer meus desejos mais abjetos,
Meus golpes mais do que sinceros,
Minhas prezadas feras e meus prezados feros.
Conto com vocês como quem tem lombrigas
E também com a ajuda de todas as raparigas.
Tenham certeza que neste próximo pleito
Vou provar que o estado não é vaca mas tem peito...
E por último já terminando como quem morreu
Me expliquem o que eu falei se alguém entendeu...
Só isso tenho que falar sobre a nossa luta,
Agora podem bater palmas, seus filhos-da-puta!...
(Extraído do livro "Maluqueci de Vez" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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