quinta-feira, 4 de julho de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 276

Muito prazer, sou o desengano,

Espaço pequeno fazendo diferença,

Instante a mais para a saturação,

Amor indo embora sem um aceno...

Sou o próprio destino ao avesso,

Onde vida e morte são apenas peças

De um jogo que mal começou...


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Como borboleta...

Na boca do velho camaleão

Num galho folhado de um jardim...

A vida é uma disputa quase cruel

Em que morrer ou matar é um detalhe...

Como camaleão...


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Nem flores, nem naves,

Apenas alguns espantalhos,

Estrelas suicidas

E palavras indigentes

Naquele céu sem cor

Que sempre houve por aí...

Respiração ofegante

E os lábios da princesa

Prontos para explodirem...


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Absurdo,

Abmudo, 

Abcego,

Qualidades quase insólitas

De quem quase sempre viveu,

Tensas cordas de violino

E alguns dropes de anis...


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Em cada momento - todo um universo...

Em cada lilás - quase um tom à mais...

Em cada prenda - somente uma surpresa...

Nada nos engana mais - do que viver...

Rompidos todos os laços - para sempre...

Pacientemente espero - por quase nada...


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Eu nunca fui embora

Sempre estive por aqui...

Mesmo quando dormia

Ou nada falava...

Eu não consegui voar

Mas conhecia o chão...

A maldade dos homens

Não me atinge mais...

Quase não tive sonhos

Eram apenas aflições...


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Mentiram quando disseram que me amaram

Fora minha mãe, nunca ninguém me amou...

Disseram inverdades sobre terem a alegria

Todos os carnavais também possuem dramas...

Esqueceram de velhos e obsoletos paradoxos

Porque inventaram outros novos mais terríveis...

Viver é dar corda no relógio somente uma vez

Mesmo se enganando que ele nunca vai parar...

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