Tudo é quase sempre igual
As sílabas contadas métrica medida
O diferente é quase normal
Um quase carinho uma quase ferida
Eu berro porque não erro porque acerto
Estou sozinho com o mundo sempre tão perto
As paredes estão todas cheias de grafites
E nunca sabemos quais são os seus limites
Tudo é quase sempre igual
Um inseto voando quase desnorteado
O diferente é mais um temporal
Que caiu no futuro de um verão passado
Eu berro porque não grito porque me calo
Estou sozinho no chão de estrelas bem no alto
Toda minha vida não foi mais que um intervalo
Um grande susto, uma tragédia veio de assalto
Tudo é quase sempre igual,
Só o pintor, sem tela, sem tintas, sem cor,
Somente uma pintura irreal...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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