Não precisamos de mais gaiolas
Toda essa urbanidade que nos cerca
Já faz este papel.
Não necessitamos de mais máscaras
A mentira que falamos que abominamos
Entranhou na carne.
Nossa zona de conforto é inexistente
Espinhos conhecem bem seu caminho
Desde a criação...
Afinal, quem amamos?
Nós mesmos, refletidos no outro!
Existe um novo mal que nos atinge
Sem que exista algum remédio ou vacina
Alastra sem distinção.
A tecnologia é o agora o novo monstro
Que alegremente acaba nos engolindo
Todos de uma só vez.
Em nenhuma construção há segurança
O tempo desmente as nossas afirmações
Mentimos todos sem saber...
Afinal, por que rimos?
Há funerais de sonhos todo instante!
Não precisamos de mais gaiolas
Toda este caos que vem amedrontando
Já faz este papel.
Não necessitamos de mais máscaras
O tempo que nem esperamos mais
Entranhou na carne.
Nossas salas já foram assim invadidas
E somos predadores entre nós mesmos
Desde a criação...
Afinal, para que termos asas?
Não ensinaram como voar...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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