Direita, esquerda, direita, esquerda. Eu me tonteio todos os dias, das manhãs até que o sol faça seu descanso mais do que merecido. Não sei, não quis, apenas sonhos em cima da minha pobre cabeça. Onde se pode ser feliz? Pergunto, assunto, mas as paredes sofrem de surdez. Aguda, tudo muda, até a ponta do espinho. Estou fraco, tão fraquinho, o velho que cai de cara no caminho. E daí? E de lá? Em terras que minha carne nunca irá. Estúpido, mesquinho, guardo minhas moedas logo no bolso que está furado. Danou-se, danado, espere mais um pouco, fique ali do lado. A putinha dança nua no banheiro, A maior das mentiras: o último é o último, não é o primeiro. Todos loucos, todos poucos, muito roucos. Perdeu a alma aquele tal de faraó. Sem pena, sem dó. Lá vem, no trem, o Có. Couraça, cachaça, pirraça. Margarida já deixou de ser flor, continua sendo vadia, não tá mais quente, tá muito fria, bola tá murcha, ficou vazia. Enquanto uns outros catam papéis qual fossem anéis, ao invés, ao revés, silenciosos quartéis. Irão nos seus próprios enterros os coronéis? Miragem, visagem, imagem, quebraram o nariz do menino. Foi destino. Que lhe sirva de ensino. Frases pequenas, alguns labirintos. A sensação do dever comprido. Valeu ter morrido. Muito maniqueísmo, muito cinismo, algum escapismo. Troquei os móveis de lugar, mas os bibelôs irão continuar. Enquanto alguns camelôs até sabem cantar. Passaredo, passará, arvoredo, arvorá, é tão cedo pra acordar, tenho medo de te amar. O homem que não ria morreu com uma piada. Mas que nada, que mancada, vai voando, não na escada. Cena erótica, cena robótica, cena sem ótica. Estou profundamente demente. Ganhei a vida, perdi meu dente. Tanto faz, o duque ou o ás, os que está lá atrás, o que está na frente. Jogando bola, pedindo esmola, eu fiz escola, Vem cá, parente! A realidade é um estado imaginário e quem bebe cola conhece o sistema monetário, seu otário. Em cima, em baixo, em cima, em baixo. câmara dos horrores tem que ser à cores, de outro jeito nem pensar. Alta definição, alta indefinição, pois não. Elemento humano, profano, quase felino, seu menino. Em livros estranhos que afinal eu nunca ali. Nem nunca fui Salvador. De imortais pastéis, tudo ao invés. Vamos correr uma lista em todas as ruas possíveis, até as que não vemos, tão incríveis. Vide bula, vide mula, vide Sula, acabou-se o encanto das frutas que não amadureceram, e ainda, o desencanto de alguns sonhos que quase morreram. Palmas para todos os idiotas! Quanto mais, melhores. Ventos e recordações repentinas, dá uma aflição que seria boa, não fosse tão má. Sá Pereira era maneira, com sua falsa magreza e formas beirando à quase perfeição. Esperei errar em quase todas as contas, quase acertei. Palhaço não, talvez um clown com clichês quase comoventes. Um punhal no que sobrou de meus pobres dentes. A morte zunindo em meus ouvidos, tudo pode ser festa. Fazemos capitães com as sobras do jantar de ontem. Canto gregoriano com toques insólitos de um funk meio que comportado. Deu tudo certo para o que era errado. O meu desenho está apagado. Quem nada tem, tem alguma coisa. O simples fato de ser já é cartesiano por quase inteiro. Estrelas, grandes demais, mesmo assim, não imortais. O silêncio canta demais. Eu ainda uso capas, a espada na cintura, criatura. O Vade Mecum sumiu das prateleiras azuis e cor-de-rosa. A minha epiderme apresenta manchas insólitas de quase muito tempo. Enrolar pode ser fácil. Que o digam os carretéis e as moscas que quase não são capturadas. O cravo não brigou com a rosa, era apenas uma fofoca que a internet cuspiu sem querer. A eternidade é tão passageira como qualquer outra. Quem me dera dormideiras e campos que não existem mais. Túmulos em contrição na voz disfarçada do poeta...
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