Eu bebo com muita alguma satisfação
O primeiro dos muitos cafés para hoje
Será halloween e eu não o sei?
As parabólicas choram por sua inutilidade
E eu preciso de sete velas para um feitiço
Um desses bem bons que tragam mais flores
Ao meu pobre canteiro e me ajude
Para que menos folhas se suicidem hoje
Eis a perfeição vinda em caixinhas!
E enormes interjeições para melhor cena
Quem dera fosse um cão vadio e não mais
Não me lembraria mais dela com olhos verdes
E um sorriso meio malicioso que encantava
O caminho é longo de centenas de léguas
E as minhas botas já estão mais do que gastas
Viva aqueles que nem o nome eu lembro!
Isso prova que algumas tristezas também parte
Dois patinhos na lagoa cantado no bingo
E algumas frutas quase que experimentais
Meus versos possuem a diferença de todo igual
E mais ilusões são mais do que bem alimentadas
Eu li centenas de páginas na solidão menina
Enquanto a malícia não brotou em minh'alma
Eu dei discursos para que ninguém escutasse
E no meio de gares tumultuadas fui apenas um
Me faltou carinho! Me faltou sim e sim!
Experimentei todas as loucuras ao alcance das mãos
Como quem vive dentro de escuras cavernas
E acaba saindo delas para comer o sol
Num laboratório experimento fáceis venenos
Até que nada mais seja capaz de fechar-me os olhos
Há dias que esqueço de estalar meus dedos
E assim vou cantando sem violas que me acompanhem
Não me fale de amor! Não! Não me fale!
Eu não quero subir ao patíbulo mais uma vez
Vou tentar por enquanto sentar numa calçada
E tocar minha flauta esperando algum aplauso...
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