Estar e não estar
Na altura das nuvens
Um tumultuado tráfego
Os cangaceiros jogam game
Madalena nunca mais se arrependeu
Os juros mais altos
Meu pobre estômago
Não sei mais rezar o credo
Eu cato todas as mangas do chão
Não posso mais tomar uma cana no bar
Flores para os mortos
A ponte ainda não desabou
Vamos fazer tatuagens de canetinha
O carrasco impaciente está esperando
Eu acabei de ganhar uns bolinhos para o chá
Os dentes estão caindo
A carruagem agora ladra
O controle-remoto me controla
Vamos sambar por cima das brasas
Eu carrego um elefante aqui na costas
Todo sucesso é inútil
O perfume estará no fim
Talvez os sonhos sobrevivam
Se o deus-marketing assim permitir
Eu tenho ganho alguns bolos nas mãos...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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