Como fogo
Luz e consumação ao mesmo tempo
Vida e morte caminhando juntos
Num bailado eterno sem floreios
Mil sóis surgindo num céu de prata
Eterna comparação sem sono algum
O leão e sua galante juba
Como água
Caminho da gravidade de Newton
Encontros e reencontros em cada lugar
Lágrima em linha reta caminho ao peito
E mais ainda em cartões-postais
Mistérios simples como num copo
Ainda o mar e todos os seus portos
Como terra
Berço e ventre de toda a causa
Esteio e enigma de cada uma cor
Tempos idos de bravos cavaleiros
Que repousam seu sono sem espírito
Tudo se move ainda que parado
Origem dos mais diversos cantos
Como ar
O sopro divino em cada boca
Praga e benção e inusitados versos
Borboletas vestidas de toda a festa possível
Festivais ainda plenamente falados
Sangue corrido dos menestréis
Bordados feitos de habilidosas mãos
Os quatro juntos em perfeita máquina
Nem sempre ao alcance de tantos olhos...
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