O sangue que corre nas veias. Quente na manhã fria. Poesia, poesia. E os meus olhos olhando. E vendo o que não mais via. Poesia, poesia. E meus pés que vão andando. Por uma estrada vazia. Poesia, poesia. E eu não tendo mais sonhos. E, afinal, quem teria? Poesia, poesia. O que não mais sei fazer. Em vão aguardar alegria. Poesia, poesia. O que eu vejo no alto? O começo do fim do dia. Poesia, poesia. Que fiquem guardados pra sempre. Aquilo que a alma dizia. Poesia, poesia. Do nada vindo do nada. Somente uma canção vadia. Poesia, poesia. Em tudo há de tê-la. Até onde não havia. Poesia, poesia. Muita coisa se perdeu. Mas mesmo assim havia. Poesia, poesia. Até onde a mente. Por si só recusaria. Poesia, poesia. Sem medo, sem preconceito. Sem nenhuma hipocrisia. Poesia, poesia. Tenho tantos motivos. É mar ou é maresia? Poesia, poesia. Estreitos becos, também caminhos. Sina capaz, picardia. Poesia, poesia. Guerra, estado de sítio. A mesma idiossincrasia. Poesia, poesia. Sentir dentro de mim. Mais que psicografia. Poesia, poesia. Em mil cenas registradas. Muita fotografia. Poesia, poesia. Cinema de domingo. Roda-gigante que subia. Poesia, poesia. As cartas na mesa. Como ninguém queria. Poesia, poesia. O improvável e o insólito. E outros tons de folia. Poesia, poesia. Vamos beber deste vinho. A loucura será nosso guia. Poesia, poesia. A novela na tela. A louça suja na pia. Poesia, poesia. A moda mais brega. É a maior fantasia. Poesia, poesia. Foram muitas coisas. Os doces de minha tia. Poesia, poesia. Não vejo mais estas ondas. Mas sinto a maresia. Poesia, poesia. O que eu quero. Você queria. Poesia, poesia. Minha testa ainda arde. E não é hipocondria. Poesia, poesia. O mapa-mundi. E a nova caligrafia. Poesia, poesia. O sangue corre nas manhãs. Quente na minha veia fria. Poesia, poesia...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
segunda-feira, 2 de julho de 2012
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...
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