segunda-feira, 16 de julho de 2012

Culinária

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Os gostos na boca ficaram. Se não os vejo é outra história. Sim, outra história bem contada ou não, mas sempre outra.
Em dias de chuva ou de sol mal resolvido, elas vêm à tona com mais intensidade. E se confunde com tudo e todos sem pedir licença alguma. Foi há muito tempo ou foi ontem. E a mesma proporção será guardada. Nada mudou ou tudo mudou e nem vemos. Foram beijos fatais desprovidos de amor propriamente dito, mas cheios de certa ternura.
Os cinco sentidos despertos. E colaborativos com o sexto. Não peça perdão por um pecado que não existiu. O sacrifico já começou. Faça a sua parte. Alguém morreu por você. Honre sua morte. Não florirão mais. Mas você sonhará ainda. Não farão outros sacrifícios. Mas viverão em sua respiração. Tudo se confundirá muito além da física quântica.
Um dia foi na calçada. E se já falei nisso, muito mais ainda falarei. As frases serão escolhidas sim. Com o mesmo carinho que tive em uma época boa. Os sóis caíram um a um. Mas nada o pôde consumir. As noites escureceram cada um dos painéis. Mas isso pouco importou. Eles foram. Eles são. Eles serão. Tão importantes como nem eu fui.
Águas. De um sonho nebuloso ou realidade? Nos velhos rótulos novidades mais que cientificas. Beijos de açúcar açucararam nossa vida. Suspiros não escutados. Mas dados. Cânticos quase que religiosos em mudas palavras.
Águas de novo. Algumas límpidas, outras nem tanto. Umas que passam. Outras que perseguem. Umas que acariciam. Outras que batem.
Peças. De um teatro. Ou de um quebra-cabeças. Ou de alguma coisa que valha.

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