Desculpe, foi engano.
Eu pensei que os sonhos fossem iguais em cada ser humano.
E que pudéssemos dividi-los sem qualquer plano.
Continuem senhores, sentados.
Há projeteis para todos os lados.
Há mortos para serem enterrados.
E grandes segredos de estado.
Desculpe, foi engano.
Eu pensei que os sonhos fossem para todo ser humano.
E que a roupa fosse apenas o pano.
Continuem senhores, assistindo.
Os prédios que vão caindo.
Os loucos que vão sorrindo.
E os balões que vão subindo.
Desculpe, foi engano.
Eu pensei que o mal entrasse pelo cano.
E o que fosse reparado qualquer dano.
Continuem senhores, mastigando.
Os soldados vão delirando.
Os amantes amando.
E os amores definhando...
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