Não me importa quantos copos você bebeu. Ou quantas noites passou em claro. Ou que rua. Já tive minhas noites de animal noturno. Hoje em dia não tenho mais. Me sento em frente as minhas palavras. Enquanto a vida insiste. E a morte não vem. Me importa um coração triste e escondido. Me importa uma alma pura como a minha não foi. Me dê um cigarro. Ria pra mim. Não me fale o que fez. Não me mostre o que tem no bolso. Nem fale da tua tristeza de sonhos mortos. Eu quero passar as mãos nos teus cabelos. Como se fosse um bicho de pelúcia. E com o cuidado de quem coloca a última peça num quebra-cabeças. Você é linda. Já lhe disse isso tantas vezes. E vou repetir enquanto meu sono não vem. Você é maravilhosa como a festa que não fui. Como a dança que não sei. E como as terras que meus pés nunca pisaram. Vem de longe em qualquer uma asa. Ou navega neste mar desconhecido. E me encontre. Não que eu seja um santo. Prometo ser o mais lascivo possível. Mas como um anjo recém expulso do céu. Misturando a sua delícia e meu desespero. O seu riso franco e o meu semblante sério. Eu sei que o seu sono chega. Prometo que logo logo lhe deixarei dormir. Eu sei que o cansaço cobra seu preço antes de ir embora. e ao seu lado velarei seu sono. Não a incomode sol. A lua comprou seus direitos. Não importune som. Há cantos em todas as luzes da rua. E ainda milhões de pirilampos. Asas existem muitas em quaisquer lugares. Eu espero mais tarde que desperte. E aí sim. Verá o sorriso que quase ninguém vê. E aí sim. A próxima noite será minha...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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