Eu ainda não esqueci os encontros. Que foram tristes. Mas foram alegres. Que foram alegres. Mas foram tristes. E trago todos eles guardados em meus bolsos. Eu tenho teu rosto na mais impossível das batalhas. Onde cada instante era um. E nada mais andava comigo. Onde estás? Em algum canto. Sorrindo sem se importar. Ledo engano de pensar que me desespero. Eu carrego o vento daqueles dias. E faço uma canção em cada minut consegui chegar ao chão. Alcei voo pra não sei que dimensão. Mas nem lá fiquei. Eu te quero como o viciado quer uma bebida. E hei de passar mal de te beber. Mas insistir mesmo assim. A embriaguez o. É o hálito. É o som. E a voz também. Atravesso as pontes. E se elas caem. Não importa mais. Eu te coloquei numa gaiola dourada. Num círculo de fogo. Numa caverna profunda. Pra te defender de mim mesmo. Não há demônio que se iguale. Outrora perseguido por coisas tão pequenas. Hoje te persigo em cada esquina. Caia o mar em novos tsunamis. Encham os jornais de trágicos enredos. E tentem me obrigar fazer versos perfeitos. A perfeição nunca me visitou. Mas já a vi andando em outras ruas. Eu subi num alto prédio. Mas nãoque todos os dias me visita. Onde estás? Não tens culpas. Mas a tragicidade faz parte do show. Nada é por acaso. Só os amores que torturam. As dores que não vão embora. E o cheiro de morte que enfeita o ar. Estou sozinho e dispenso notas. Sou o pior de todos. Mas sou o mais triste. Haverá perdão? Quanto mais pedir. Há de ser negado. Do topo do mundo vejo outros sonhos. Sonhos que não são meus. E palavras que nunca falei. Nem mesmo calado. E não vejo tanta diferença assim. Encene a peça. Chore por chorar. E diga que não me ama fazendo cara feia. Se aborreça. Diga que eu entendi mal a sua fala. E que nosso encontro foi uma farsa arquitetada pelo destino. Eu sei. Mas teimo. Eu quero. E queimo. Eu rimo o improvável provável. E falo em todas as línguas menos a minha. Sou um estranho de mim mesmo. E teu rosto a causa de todas as ressurreições. Eu levanto do túmulo ao terceiro minuto. Pra que esperar mais? A vida já é o que é... No corpo imortalizo a alma. E antes que se acenda a primeira vela. Já terei rezado meu desespero. Em bando as aves no céu. E um mar bem longe sem porto de salvação. Deixe beber até cair em teu colo. E nada mais...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
segunda-feira, 16 de julho de 2012
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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Um sorriso no escuro Um riso na escuridão Um passado sem futuro Um presente em vão... Mesmo assim insistindo Como quem em a...
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