segunda-feira, 16 de julho de 2012

Lugar-Comum


Lugar-comum. Comum lugar. Porta. Janela. Primeiro andar. Andar de cima. Andar em cima. Nada a declarar. Lugar sem clima. Lugar sem rima. Me tirem quero andar. É abafado. É apertado. Não dá pra decolar. O coração. O avião. Vão logo despencar. O prédio cai. O tempo vai. Não dá pra retornar. Sai daqui sai. Eu quero um haicai. Mas não sei o que falar. Eu não escapo. Do papo. Do trapo. Que cobrindo está. É muito alto. O sobressalto. De quem está. Lugar-comum. Lugar nenhum. Despedido. Sem despedida. É a vida. E toda sua conjuntura. Sem estrutura. Qual a cura? Seria a cura um copo? Seria a cura um trago? Eu me engasgo. Eu me contagio. Com o elogio. O fundo do rio. Onde afogo o fogo. Se ter nem jogo. E o fogo aumenta. Ninguém agüenta. Essa pimenta. Anos sessenta. Anos noventa. Eu fiz uma prece. E sobe e desce. O elevador. Quem foi que errou? O rock errou. O rock horror. Nem sei mais o que escrevo. Será que devo? Ninguém será. A lida é má. Meu saravá. Andei por becos. Com olhos secos. Dispenso o lenço. Nem sei se penso. Só sei que pinto. O labirinto. E a cor é essa. Tá bom à beça. Num começa. Num interessa. Lugar-comum. Eu quero a passa. Dispenso o rum. Quero a fumaça. Fiquei bebum. Se tudo passa. Eu quero um zoom. Se tudo mata. Quero mais um. Ali. Na lata. Me dê um fora. É amanhã. Eu quero agora. Valha-me Deus. Nossa Senhora. Atrás dos meus. Tem a história. Na rua eu fiz a minha glória. Lugar-comum. Que nem novela. Todo final. Que nem tabela. Sem carnaval. É nova tela. Meu bem. Meu mal. Que nem janela. É meu mural. É minha cela. É gadernal. E meu torpor. É sol voltando. E me revoltando. Sem Parador. Sem paranoia. Minha nova jóia. Eu imagino. Imaginava. O meu destino. Onde é que estava. E a minha mente é que voava. Lugar-comum. Acordo cedo. Pra mais chorar. Eu tenho medo. Eu sei voar. Cadê o enredo? Dá pra enrolar. É em Tancredo? Qualquer lugar. Não há passaredo. Nem cor do mar. Não há escola. Mais pra estudar. E nem viola. Pra disfarçar. Me dê a esmola. Pra eu guardar. Ninguém deu bola. É meu penar. É coca-cola. Ou é guaraná. É como mola. Sem esticar. Nada consola. Deixa eu parar. Eu quero uma estola. De urso polar. É tive um sonho. Vou lhe contar. Era medonho. Era de assustar. Onde é que eu ponho. Este luar. Tá tudo aí. Sem aumentar. Mas também não diminuí. Isso não há. Já tirei o terno. Já tirei a gravata. Assim me mata. É aqui o inferno. Isso é bravata. O meu interno. São trinta pratas. Passei o inverno. Na catarata. Lugar-comum. Não tem medida. É meu lado mau. Não tem saída. É como o sal. Não tem comida. Não ao mingau. Sim à bebida. É bacurau. Tosse comprida. É o escambau. Isso é a vida. Viva o Blau-Blau! Quebrei a louça. Varri quintal. Quero que ouça. O som final. Foto tão triste. No coqueiral. O dedo em riste. Tal qual e tal. Eu não entendo. Porque tão mal. Só você vendo. Pegou geral. Eu tava lendo. Que vai tão mal. Me faça um esquete. Pra eu me rir. Na internet. Eu vou subir. Me canta Ivete. Eu vou partir. Lugar-comum. Que não é mais não. Eu faço rima tão comum. Em algum lugar. Ou lugar nenhum.


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