Lugar-comum. Comum lugar.
Porta. Janela. Primeiro andar. Andar de cima. Andar em cima. Nada a declarar.
Lugar sem clima. Lugar sem rima. Me tirem quero andar. É abafado. É apertado. Não
dá pra decolar. O coração. O avião. Vão logo despencar. O prédio cai. O tempo
vai. Não dá pra retornar. Sai daqui sai. Eu quero um haicai. Mas não sei o que
falar. Eu não escapo. Do papo. Do trapo. Que cobrindo está. É muito alto. O
sobressalto. De quem está. Lugar-comum. Lugar nenhum. Despedido. Sem despedida.
É a vida. E toda sua conjuntura. Sem estrutura. Qual a cura? Seria a cura um
copo? Seria a cura um trago? Eu me engasgo. Eu me contagio. Com o elogio. O
fundo do rio. Onde afogo o fogo. Se ter nem jogo. E o fogo aumenta. Ninguém
agüenta. Essa pimenta. Anos sessenta. Anos noventa. Eu fiz uma prece. E sobe e
desce. O elevador. Quem foi que errou? O rock errou. O rock horror. Nem sei
mais o que escrevo. Será que devo? Ninguém será. A lida é má. Meu saravá. Andei
por becos. Com olhos secos. Dispenso o lenço. Nem sei se penso. Só sei que
pinto. O labirinto. E a cor é essa. Tá bom à beça. Num começa. Num interessa.
Lugar-comum. Eu quero a passa. Dispenso o rum. Quero a fumaça. Fiquei bebum. Se
tudo passa. Eu quero um zoom. Se tudo mata. Quero mais um. Ali. Na lata. Me dê
um fora. É amanhã. Eu quero agora. Valha-me Deus. Nossa Senhora. Atrás dos
meus. Tem a história. Na rua eu fiz a minha glória. Lugar-comum. Que nem
novela. Todo final. Que nem tabela. Sem carnaval. É nova tela. Meu bem. Meu
mal. Que nem janela. É meu mural. É minha cela. É gadernal. E meu torpor. É sol
voltando. E me revoltando. Sem Parador. Sem paranoia. Minha nova jóia. Eu
imagino. Imaginava. O meu destino. Onde é que estava. E a minha mente é que
voava. Lugar-comum. Acordo cedo. Pra mais chorar. Eu tenho medo. Eu sei voar.
Cadê o enredo? Dá pra enrolar. É em Tancredo? Qualquer lugar. Não há passaredo.
Nem cor do mar. Não há escola. Mais pra estudar. E nem viola. Pra disfarçar. Me
dê a esmola. Pra eu guardar. Ninguém deu bola. É meu penar. É coca-cola. Ou é
guaraná. É como mola. Sem esticar. Nada consola. Deixa eu parar. Eu quero uma
estola. De urso polar. É tive um sonho. Vou lhe contar. Era medonho. Era de
assustar. Onde é que eu ponho. Este luar. Tá tudo aí. Sem aumentar. Mas também
não diminuí. Isso não há. Já tirei o terno. Já tirei a gravata. Assim me mata.
É aqui o inferno. Isso é bravata. O meu interno. São trinta pratas. Passei o
inverno. Na catarata. Lugar-comum. Não tem medida. É meu lado mau. Não tem
saída. É como o sal. Não tem comida. Não ao mingau. Sim à bebida. É bacurau.
Tosse comprida. É o escambau. Isso é a vida. Viva o Blau-Blau! Quebrei a louça.
Varri quintal. Quero que ouça. O som final. Foto tão triste. No coqueiral. O
dedo em riste. Tal
qual e tal. Eu não entendo. Porque tão mal. Só você vendo. Pegou geral. Eu tava
lendo. Que vai tão mal. Me faça um esquete. Pra eu me rir. Na internet. Eu vou
subir. Me canta Ivete. Eu vou partir. Lugar-comum. Que não é mais não. Eu faço
rima tão comum. Em algum lugar. Ou lugar nenhum.
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
segunda-feira, 16 de julho de 2012
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
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