Grandes mistérios, coisas
simples. E o enigma sobre os dinossauros pode ser resolvido em jogo de
amarelinha. Grandes opiniões, ciência dos loucos. Há flores pelo quintal e
queremos o choro de todos os outros. Dêem-me palavras tortas e bonitas e
saberei como cantá-las.
Grandes mistérios, um sucesso a mais. E tudo que se
aprendeu feito em
cinzas. Grandes conceitos, tudo virando pó. Há boas intenções
aos montes e faltam-lhes plausíveis razões. Dêem-me blasfêmias modernas e eu as
transformarei em preces.
Nada, possivelmente nada
ou quase nada tem o tamanho do seu valor. E aí reside nosso erro. Nada que vem
aos nossos olhos tem cor. E nada que é mais concreto do que aquilo que
sentimos. Os deuses riem quando falamos algo sério e triste e se iram com
nossas orações tortas.
Rosas parecem vermelhas,
violetas parecem azuis. Cada gole que eu bebo, me leva embora para nunca mais
voltar. Cada vez que enlouqueço, a verdade vem me visitar. Cada vez que
respiro, a vida vem me lembrar.
Grandes mistérios, coisas
simples. Uma canção num dia nublado lavando os ares. E um jogo de bola na rua
censurando os homens. O sono é meu, o sono é meu e o divido com quem eu quiser.
O desespero é meu e dele faço a festa que bem me aprouver.
Ontem ou sei lá que dia as
palavras me fugiam, hoje, delas corro. Porque mesmo com lábios cerrados não as
posso impedir em seu caminho. Nova York, Nova Delhi, Nova Gaia, Novo Mundo na
canção de Tim Maia.
Velas ao mar, velas ao
morto. Ai, ai, ai, meu amor fez meu pensamento torto.
Hoje é feriado, hoje é
festa por exatamente não ter motivos para se festejar. Hoje é dia, hoje é sol e
por isto a noite vem nos abrigar.
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