segunda-feira, 16 de julho de 2012

Nome


O teu nome é coisa estranha. É coisa Espanha. Não tem tamanha. Sai da entranha. É sina e sanha. Cheio de manha. Ninguém apanha. Minh’alma arranha. Chamem o Homem-aranha! Vamos brincar? De adedanha! Não faça isso! Senão apanha. É uma loteria. Quem é que ganha?
 E o meu nome é tão normal. Como alegria no meu quintal. Num tempo antes não tinha mal. E os meus versos eram carnaval. Foi bem antes do temporal. Me dê motivos pra por o sal. Corre depressa. Pegou geral! E quem aí quer bacalhau. Espetei o dedo. Me dê dedal. Eu tive um sonho. Não foi real.
E o outro nome. Já não me comporta. Tire a roupa. E feche a porta. Inês é morta. A faca fere. A faca corta. É o bicho papão. E a moura torta. Me deram um tiro. Na veia aorta. O meu talher. O Uri entorta. E mais o resto. Já não me importa.

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