segunda-feira, 23 de julho de 2012

As Palavras

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As palavras não são difíceis. Quando solicitadas atendem. São como faíscas das idéias. Se usadas corretamente acendem. E mesmo emboladas pelo chão. Lá estão. São o sonho que não chegou. Ou o amor que partiu. Cuida bem delas. Um dia serão o que restou.
As palavras não são sujas. Quando querem encantam. Mas são também as ditas cujas. Cujos mortos levantam. E mesmo esquecidas no mão. Lá estão. São cada passo no caminho. Ou o caminho que não veio. Cuida bem delas. Um dia a lembrança lá estará.
As palavras não são feias. Quando querem namoram. Mas cuidado correm nas veias. Pois é lá que elas moram. E mesmo presas a construção. Lá estão. São o único desabafo. Ou a mentira não desabafada. Cuida bem delas. Um dia serão a tua única defesa.
As palavras não sou boas. Nem más tampouco. São como são as pessoas. No tarot são como o louco. E mesmo que seja por só confusão. Lá estão. São cada lance do destino. Ou cada carta marcada. Cuida bem delas. Um dia serão vida e morte.
As palavras não são lentas. Quando muito flechas. Quando fala-se venta. Mas se a boca fecha. E seja enterro ou comemoração. Lá estão. São a força de cada momento. Ou o ingrediente da fórmula mágica. Cuida bem delas. São tuas únicas armas. Ou quando não tua defesa.
As palavras não são fáceis. Quando chamadas esquecem. São como a chuva caindo. E se um dia aquecem. O inverno vem surgindo. E mesmo que se queira ou não. Lá estão. São a meta não alcançada. Ou o pulo do alto da escada. Cuida bem delas. Te custa tudo ou nada.
As palavras não são claras. Quando querem espantam. Seja vulgares ou raras. Todas elas acalantam. E se acalanto marca o torna são. Lá estão. Nas folhas de um livros. Ou gravadas nas paredes. Cuida bem delas. Um dia serão por ti.
As palavras não são belas. Quando muito se entendem. Fazem os beijos das novelas. E depois os vendem. E mesmo estando no dia a dia sem nossa percepção. Lá estão. A espera de moinhos de vento. Ou fantástica promoção. Cuida bem delas. Elas ficarão no fundo do baú.
As palavras não são maldosas. No caminho que estão elas seguem. O perfume é das rosas. E os espinhos nos perseguem. Onde quer que vamos em nossa perseguição. Lá estão. Nos cartazes nas paredes. Ou na última vontade. Cuida bem delas. Poderão salvar tua alma ou perdê-la.
As palavras não são ligeiras. Quando muito regulares. Mas ainda são as primeiras. A chegar nos seus lugares. E mesmo na contramão. Lá estão. Nas bocas dos sábios.Ou na alegria dos tolos. Cuida bem delas. Cada uma tem seu sabor.

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