A bala perdida...
A bala achada...
O decorrer de uma vida
Que não deu em nada...
Isso sim, isso é hardcore...
A merda fedida,
A merda cheirada,
A mais nova ferida
Que não vai ser fechada...
Isso sim, isso é hardcore...
Não há comida,
Só existe a calçada,
Ninguém entende a lida,
Imposta e que é tão malvada...
Isso sim, isso é hardcore...
Protesto na avenida,
Escolha mais uma mancada,
Uma noite mais mal dormida,
Uma luta que deu em nada...
Isso sim, isso é hardcore...
A prece não atendida,
Foi uma piada engraçada,
A privada que está entupida,
A carta que já está marcada...
Isso sim, isso é hardcore...
A morte não é vencida,
A vida é massacrada,
A lua cheia que está caída,
Chorar não deu em nada...
Isso sim, isso é hardcore...
É muito... É muito hardcore...
(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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