Eu ando na corda bamba
Esse teste de sobrevivência
Que o cronômetro quebrou...
Pássaros sem asas...
Miramos em espelhos surdos
Confundindo todas as cores
Até que a noite enfim chegue...
Ondas cansadas...
Faltam palmas na plateia
E mesmo o clown chora
Enquanto o picadeiro some...
Barcos sem leme...
Cada risco ali na parede
É um novo signo
Com alguma nova magia...
Gaivotas míopes...
Estamos em qualquer lugar
Mesmo que em desertos
Com cômodas acomodações...
Simples complicação...
Essas latas e seu barulho
Flechas em movimento
O baralho e seu descanso...
Nem mesmo bom-dia...
Há muitos sinais em espera
Alguns até são borboletas
E outros agora nem existem...
Meus óculos pedem passagem...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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