Passos fracos ainda são passos
Mesmo ao tropeçarem e irem ao chão
Minha cabeça fala mais do que gato no cio
Por sobre o telhado...
Amores mortos ainda são amores
Até quando tiveram algum funeral
Até um epitáfio impessoal fala muito
Mesmo que silencioso...
Tocaias sem uma conquista sequer
O meu deboche é talvez comentário
Nem todos possuem algumas asas
E ficam aqui no chão...
Mesmo quebrado o vidro é o vidro
Não foi a lâmina que buscou carne
E nem tudo salgado é uma lágrima
O sangue também é...
Há vários reencontros até inexistentes
Pois a lembrança é apenas uma cor
Entre as muitas que estão nesta cena
Chamada saudade...
Passos fracos ainda são passos...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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