Corpos se entendem, entendem sempre.
Eu quero apagar o sol, mas não consigo.
E dar um ponto final, mas ele não existe.
O ninho sempre nos abriga, mesmo agora.
Eu ando pela areia, sou quase pássaro...
Um dia foi uma festa, agora não é mais.
Veio numa garrafa, foram tantos mares.
É como uma injeção, dói e depois passa.
Não faço perguntas, eu só falo demais.
Eu nunca fui o barco, sempre fui o vento...
Meu estado é crítico, dispenso a crítica.
Eram três irmãos, mas agora são dois.
Partidas e chegadas, as duas têm fôlego.
Eu queria um doce, agora não quero mais.
Era a coroa do, mas até ela foi ao chão...
Isso parece mandinga, mas só parece.
Se a alma sorri, tudo acaba sorrindo.
O rios sempre esperam, os sedentos vêm.
O palhaço tem mil cores, eu tenho mais.
Para cada gota de sangue, um espinho...
A bela chegou, vamos então saudá-la.
Para uma canção, qualquer idioma serve.
A mosca tem estratégias, menos com teias.
Um dia eu chego, mesmo em lugar nenhum.
Escolha sua moeda, mas tenha cuidado...
Subimos as ladeiras, mas também descemos.
É perfeitamente imperfeito, pode acreditar.
Que olha para o mundo, o mundo olhará.
As nuvens pesam tanto, mas elas descem.
Uma flecha atingiu-me, só não sei onde...
Na guerra o sono chega, mas ninguém dorme.
O que foi negado, negado sempre estará.
No próximo minuto, um minuto já acabou.
A maldade não tem lógica, só tem defeitos.
Estou sozinho como nunca, mas nunca só...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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