Teias de aranhas maravilhas de uma tecelagem
Ninhos de passarinho engenharia inigualável
Cantoria do uirapuru sinfonia solo na floresta
Bando de pardais exército solene pelos céus...
Olhos? Dois para cada cena que eu pude ver...
Milhares deles, feito constelações...
Desespero de quem tem apenas calçada de cama
Frustação daquele que não possui nem pro café
Os incontáveis dramas de todas essas famílias
Os conflitos entre nações que fazem parte do globo...
Lembranças? Mais altas que os picos do Himalaia...
Esqueço de umas, de outras não...
Muitas horas deitado em um divã de um analista
Ou tentando entender o porquê da atual violência
Sem saber o motivo do risco que correm as baratas
E porque as colchas das colchas de retalhos sumirem
Ouvidos? Qualquer som entrou sem ter licença...
Até o roer das unhas teve cadência...
Cacos de ladrilhos nos quintais das velhas casas
Galinhos com macarrão de almoços de domingos
Namoros intermináveis nos calados sofás da sala
Códigos indecifráveis nas pichações destes muros
Aromas? De circo, de cinema, de praça, parque, todos...
Até os desconhecidos podem comover....
Novos labirintos de maravilhas tão assim tecnológicas
Senhas como abismos profissionais de pura obviedade
Palavras virais de memes que irão desaparecer logo
Jogos digitais parasitários da esperança mais popular
Intuições? Até velhos muros possuem antes da queda...
Borboletas capricham na sua estética...
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