Pulei de paraquedas em algum lugar!
Não sabia exatamente aonde foi...
Veio de repente uma claridade hostil
Que me fez chorar pela primeira vez...
Alguém tem um fósforo aí?
É pra acender a vinte do cigarro...
Tentei contar os dias mas não consegui!
Tem muita coisa pra eu me lembrar...
Só sei que vi uma cara estranha na frente
Naquele vidro que chamam de espelho...
Pode me dar mais uma cerveja?
Coloque na conta que amanhã pago...
Quebrei todos os brinquedos sem querer!
Sonhei com muitas águas sem ver...
Talvez ainda existam mares que desconheço
E na hora certa eu irei para poder navegar...
O primeiro a entrar apague a luz!
Ainda tem um pedaço de sol lá fora...
Amei por demais sem ser nem amado!
Isso é parte de um quebra-cabeças...
Sou apenas um velho que caminha
E fica triste porque te viu num domingo...
Tem um novo retalho sobrando por aí?
Pois me dê que eu faço um poema...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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