Onde estarei se acordar numa possibilidade remota?
Pois que assim nós sonhamos que sonhamos
E as palavras é que possuem algum pouco sentido...
Eis os pombos de novo aqui neste imensa praça
Todos aqueles que os gatos não pegaram ainda...
Onde estão os passos da dança se faltarem pés?
Eis a praça e o jardim com seus braços dados
Quando a felicidade é mais fácil do que se pensa...
Os vidros brilham mesmo nunca sendo metais
E águas sempre correm ainda que pareçam não...
Onde estão chegando os carnavais de cada ano?
Pois a carpideira era tão bonita que me apaixonei
E fiz de cada lágrima que escorria um verso novo...
Nunca saberemos a verdadeira pressa dos carros
Porque verdadeiramente as ruas é que a possuem...
Onde está o lado em que a morte vem chegando?
Cada segundo acabou com o seu escuro poder
E o corvo de Poe dorme sereno naquele galho...
Aqueles que vieram antes de mim e já partiram
Por certo me esperam para contar mais histórias...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Nenhum comentário:
Postar um comentário