sábado, 6 de abril de 2024

Uma Ficção

 

Babilônias estão em alta

Mesmo quando sentimos falta

De apenas um pingo de razão

E eu sou aquele que era

Até quando nossa quimera

Pobre coitada cai no chão

Tudo era festa era novidade

Como um pombo pela cidade

Comendo de grão em grão

Cada um escolha o seu papel

Seja de bardo santo ou coronel

Mas mesmo assim será vilão

Tudo é apenas um brinquedo

Então não tenha mais medo

Mesmo estando na escuridão

Não espere mais um milagre

Seu Mané seu cabeça-de-bagre

Isso é apenas é obra de ficção

Somos apenas os mais loucos

Que vão morrendo aos poucos

Passeando ali pela Pedro Leitão

Tanto faz ser último ou primeiro

O final do ano começa em janeiro

Todo modo tem sua moderação

E nesse instante temos a vida

Que é mais que grande ferida

É uma caverna cheia de escuridão...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...