sábado, 20 de abril de 2024

Quase Maldição 1 ou É Tão Comum

Eu sonho sonhos com explicação inexplicável

Parecendo um drogado que usou droga nenhuma

As febres chegam como penetras de uma festa fuleira

Enquanto o cupim se banqueteou com o dicionário

Todo morto de certa forma nunca esteve tão vivo

Ah! Aflição que queria ter e ainda não tive nem terei

Malévola reprise de novela que me faz resofrer

Eu fiquei com meu pau na mão olhando o horizonte

Enquanto páginas velhas desfilavam ante meus olhos

Reconheço tudo até aquilo que não me lembro mais

Eu me escondo em coisas tão óbvias que dão pena

Nesse exato momento alguém está dando um suspiro

Só a fantasia consegue nos salvar da mesmice

Fazendo impossibilidades como dar gosto para a água

Meu cão conhece muito mais filosofia do que eu

Em compensação se mudo uma letra mudo tudo

Dia desses qualquer consigo minha carta de alforria


(Extraído do livro "Só Malditos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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