sábado, 27 de abril de 2024

Soneto de Desespero

Eu que me desespero sem desesperar

Entre espinhos reais e rosas que não vejo,

Que me acostumei de diariamente chorar

Mesmo que para isso não haja ensejo...


Sou pessoa do meu tempo, não tem graça,

Escravo da mentiras de todos os dias,

De que não adianta ter alguma pirraça,

Cabeça cheia para minhas mãos vazias...


Poeta que bate a cabeça nas paredes,

Não conseguirei sair do vil anonimato,

Escravo do dinheiro, palhaço das redes,


Sou menos do que um homem, simples rato,

Onde a morte é a fonte de todas as sedes

E a tristeza é o meu único e real fato...

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