Não há novidade
Muito menos Brejo da Cruz
Só há miseráveis
Que estão se vestindo nus
São pobres coitados
São brancos que nem zulus
Sangue correndo nas veias
Que mais parece pus
São fodas nos matos
Passarinhos que nem urubus
Vamos catando pedras
Para fazer um cuscuz
São feras tão mansas
Que respondem por Lulus
E uma fome tão grande
Que o estômago faz jus
Disputam as sobras do lixo
Fantasmas que não fazem bus
Cantoras famosas de bunda
Gênios da arte e seus pirus
Não há novidade
Muito menos Brejo da Cruz
Só há miseráveis
Que estão se vestindo nus...
(Extraído do livro "Só Malditos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Nenhum comentário:
Postar um comentário