terça-feira, 16 de abril de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 259

O famoso pisa

Na cara do anônimo

O saciado ri

Da cara do esfomeado

Que está são

Não liga para o doente

O feliz zomba

De quem está infeliz

Mas todos finais igualam-se...


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Azul e azul...

Por que não?

Em dias como estes

Nada mais poderemos evitar...

Em céus tumultuados

A estranheza vem caindo...

Chorar pode ser ruim

Mas há bem pior...

Azul e azul...


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Ele era ele e ela era ela. Minha cabeça tonteia sem motivo algum. O céu era o céu e o abismo era o abismo. Para os dois é preciso ter asas e sempre. Água era água e fogo era fogo. Todas as perguntas irão se calar em breve. Um brinde é um brinde e o luto é apenas o luto. Nunca enxergaremos que não existem opostos em nosso existir. Cada poema é sentimento ou tentativa insana. Os olhos podem fazer discursos e nosso sono pode dar gritos sem notarem. O caos é o caos e o repouso é o repouso. O poeta dança sozinho na praça solitária. Ele era ele e ela era ela...


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Línguas são cegas

Lábios destituídos de razão

Sonhos são perigosos

Todas as nuvens caem do alto

Os pássaros são teimosos

E as flores mais ainda

Toda ternura se agiganta

Até não poder mais...


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Meu silêncio é um ácido

Que corrói o metal de minha alma

Até que tudo esteja consumado...

Minha sina é uma piada de mau-gosto

E eu sou apenas um clown

Que acabou faltando o picadeiro...

Meus versos são inutilidades

Como pequenas flores ou insetos

Que acabo pisoteando sem querer...


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Não era eu... Era um outro menino que reinava um reino de coisas e sonhos... Foi num tempo tão distante... Foi num outro carnaval onde a alegria existia e muitos risos também... Eram outras águas que faziam sonhos diferentes de um quase acordar... Tudo vai embora... O bem e o mal acabam nem se despedindo... O amor e o desamor cumprem o mesmo itinerário e nunca mais nos visitam... Tudo passa... Não era eu...


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Poesia é febre

E cada delírio que ela nos dá...

Poesia é vento

E nos bailado das folhas arte...

Poesia é nuvem

E quem dera fossemos com ela...

Poesia é muro

Barreira instransponível de nós mesmos...

Poesia é cor

Juntadas todas elas na mesma paleta...

Poesia é febre...

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