quinta-feira, 20 de abril de 2023

Selva, Selva, Selva

Um pedaço de tempo engolido aos poucos

Como um menino faz com um pedaço de pão...

Não há nova novidade ainda por enquanto!

Eu desperto na calma tranquilidade enganosa

E repito mil vezes aquilo que não queria falar...

Dói o corpo, mas dói mais a alma, ah, como dói!


Eis a falsa ciência

Eis a falsa decência

Eis a falsa inocência!


Os gurus hoje estão de folga e não há conselhos

Até o medo teve seu medo e foi saindo correndo...

Velhos tempos novos de tanta crueldade e engano!

O maior perigo de todos é não enxergar o perigo

A TV engole o barraco e vai lambendo seus beiços...

Deliciosa carne de ovelha para almoço e jantar!


Eis a doce demência

Eis a doce carência

Eis a doce prepotência!


São nas filas que são encenadas tragédias gregas

Sem heróis porque agora só temos temidos bufões...

A curva agora é reta e a reta agora é uma curva!

Cada detalhe é para ser passado desapercebido

Nem a morte consegue afrontar toda a ganância...

Que morram todos os miseráveis por essas sarjetas!


Eis a amarga sapiência

Eis a amarga prudência

Eis a amarga paciência!


(O avião caiu na selva e infelizmente salvaram-se todos...)... 

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