segunda-feira, 17 de abril de 2023

Raras Exceções

 

Diamantes feitos de giz

Espelhos fadados ao esquecimento

As férias que são cansativas

A beleza mais feia do mundo

O engano mais sensacional

A verdade que costuma mentir

Meu gol diminui-me os pontos

Fiquei correndo na rua à toa

Ser bom e mau ao mesmo tempo

Quase nunca consigo dormir

O fogo é tão bonito de se ver

A fome traz más recordações

Vestir-se de anjo é apenas vestir-se

Nossos crimes nunca morrem

Suportemos humilhações com risos

E sorrisos em ocasiões especiais

Sejam quais moscas que forem

A fidelidade das hienas nos comove

Marte prepara-se para uma festa

Todos os limites ficaram limitados

Os pirilampos desapareceram do mercado

A apatia agora sofre consigo mesmo

 


(Extraído do livro 'Manual Prático de Poesia Absurda para Desesperados" de autoria de Carlinhos de Almeida).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Insalubre (Miniconto)

Insalubre era a casa dela (se é que podia ser chamada de sua ou ser chamada de casa). Qualquer favela tem coisa bem melhor. Sem porta, sem j...