Cortar as pernas da cobra
é pura maldade...
Asas de
avião batendo
em rumos de
outros céus...
Meu êxtase
momentâneo
tem durado séculos...
Perdi todos
os meus vícios
Menos o
vício de viver...
Perdi meu
gesto mudo
Não sei mais
onde vou parar...
Escutei sons
que davam medo
Sobretudo as
batidas cardíacas...
Tiraram os
dragões dos altares
por pura diversão...
As
bailarinas de cancã sorriram
mesmo na tristeza...
As baratas andam
pelos cantos
contando suas histórias...
Achei minha
razão jogada fora
Enquanto ria
sem ter um motivo...
Fiz alguns
diversos eufemismos
Para as
dores que me afligiram...
Cada segredo
possui uma corda
Para
enforcar a si mesmo...
(Extraído do livro 'Manual Prático de Poesia Absurda para Desesperados" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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