segunda-feira, 17 de abril de 2023

Alguns Poemetos Sem Nome N° 231

A porta está fechada

Que enigma há do outro lado?

Atrás da janela fechada

Alguns suspiros encarcerados

Há um muro bem alto

Poucos podem dar um pulo

Há olhos fechados ou abertos

Neles - saudade e ou solidão...


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Cansei-me de cansar com cansaço

Todos os meus passos na areia apagaram

Prometo nunca mais fazer perguntas

Hei de calar o menino vez por todas

Por onde andam as nuvens? Fiquem por lá...


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Os meninos rodam

A roda é mágica

A ciranda eterna

Nenhuma saudade cessa o riso

As fogueiras nunca se apagam

Parecem estrelas caídas na noite

No mais eterno SãoJoão...


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Vinguei-me de mim mesmo...

Por que escolhi sonhos impossíveis

Que só serviram para ferir-me?

Fui o culpado de todas as minhas lágrimas

Mesmo não sendo autor de muitas delas...

Por que escolhi amores malvados

Que só me causaram o caos no peito?

Fui culpado de todas as estrelas do meu céu

Ficarem sem sua luz...


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Um gole,

mais um,

o copo está pela metade

e sinto minha cabeça tontear...

Um trago,

outro trago,

meu pulmão reclama

sem poder se defender...

Uma tristeza,

uma saudade,

e mesmo pensando insistentemente

ainda não descobri porque estou aqui..


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Era apenas um pássaro teimoso,

saudava todos os dias como se alegres fossem,

mesmo que assim não fossem,

todos os dias tem um quê de tristeza e imperfeição...

Era teimoso, muito teimoso sim,

não como uma ave, mas como um poeta,

como os que enxergam beleza onde podem olhar...


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Através daquele vidro

eu via coisas há muito esquecidas,

brinquedos queridos e quebrados,

cenas bonitas e apagadas...

Como envelheci!...

Mas o menino ainda insiste

Como a brasa sob a cinza

que ainda não se apagou...


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