Derrubado no chão...
Como quem perde a razão...
Como quem perde a questão...
Como quem sucumbe à paixão...
Onde estaria eu no ontem?
Ontem foi um dia qualquer
Quando eu ainda tinha fé
Antes de cair da ponte...
Derrubado no chão...
Como quem vai na contramão...
Como quem se perde na solidão...
Como quem dança na escuridão...
Derrubado... Só derrubado...
Como quem deita no caixão...
Como quem grita de aflição...
Como quem segura brasas na mão...
Onde estou eu bem agora?
Agora é algo mais que relativo
Pois morro mesmo estando vivo
E como tudo isto demora...
Derrubado no chão...
Como quem perde o tesão...
Como quem perde o senão...
Como quem não sabe a direção...
Onde estarei eu no amanhã?
Existirá alguma coisa de mim?
Eu sei que morreu meu jardim
De uma qualquer febre terçã...
Derrubado no chão... Derrubado no chão...
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