sábado, 29 de abril de 2023

Fardo Pesado Em Ombro Leve

Minha garganta se espanta com tanta Fanta:

O suicida apertou o botão errado

Para o vaso chinês ser quebrado

Lá vem o novo sujeito educado

Caprichando em seu palavreado:

O rato roeu o hot-dog do rei de Roma...


Mary só me fere porque assim prefere:

São chuchus passados no ovo

O temporal é a alegria do povo

Nem todo velho um dia foi novo

Lá vem aquilo que não absorvo:

Em casa de blogueiro o espeto é de rede...


A espada fez uma força danada subindo escada:

Os meus vícios são todos tão normais

Gosto de me embalar com os carnavais

Isso quando o menos pode ser até mais

Estava assim escrito pelos quintais:

Cesteiro que faz um cesto, faz mais um...


Norma queria aquela norma de qualquer forma:

Colher toda as flores que achasse de uma vez,

Esquecer toda a resposta que fosse um talvez,

Esperar que algo demorasse mais de um mês

Pois estava escrito numa pedra que um dia fez:

Nem tudo que reluz é reluzente...


Minha Fanta se espanta com tanta garganta:

O suicida olhou para o outro lado

O desastre tem encontro marcado

Passamos nus pelo arame farpado

Assim como disse o triste soldado:

Para bom entendedor meia palavra bosta...


(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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Poesia Gráfica LXXXVI

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