Minha garganta se espanta com tanta Fanta:
O suicida apertou o botão errado
Para o vaso chinês ser quebrado
Lá vem o novo sujeito educado
Caprichando em seu palavreado:
O rato roeu o hot-dog do rei de Roma...
Mary só me fere porque assim prefere:
São chuchus passados no ovo
O temporal é a alegria do povo
Nem todo velho um dia foi novo
Lá vem aquilo que não absorvo:
Em casa de blogueiro o espeto é de rede...
A espada fez uma força danada subindo escada:
Os meus vícios são todos tão normais
Gosto de me embalar com os carnavais
Isso quando o menos pode ser até mais
Estava assim escrito pelos quintais:
Cesteiro que faz um cesto, faz mais um...
Norma queria aquela norma de qualquer forma:
Colher toda as flores que achasse de uma vez,
Esquecer toda a resposta que fosse um talvez,
Esperar que algo demorasse mais de um mês
Pois estava escrito numa pedra que um dia fez:
Nem tudo que reluz é reluzente...
Minha Fanta se espanta com tanta garganta:
O suicida olhou para o outro lado
O desastre tem encontro marcado
Passamos nus pelo arame farpado
Assim como disse o triste soldado:
Para bom entendedor meia palavra bosta...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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