segunda-feira, 17 de abril de 2023

Essa Sim, Eu Danço

 

Apenas nomes

A seta apontada para o nada

Em que mil e uma cores

Acabam fazendo um balé

 

Eu que fui forasteiros em muitas terras

Derramo meus olhos feito chuva

Enquanto minhas asas me salvam

De mim mesmo

 

Não! Não é nada

Somente a pior de todas as dores

Talvez pelo amor que morreu

Ou pelo sonho perdido na noite

 

Acendo uma grande fogueira

E observo sua fumaça detalhadamente

Para descobrir algum enigma vadio

Que possa confortar de vez minh’alma

 

Num dia qualquer destes fiz um poema

Em que as palavras me feriram

Enquanto meus pés sangraram

Até que não pudesse mais andar

 

Os peões deixaram o tabuleiro vazio

(O jogo agora está acabado!)

Mas meu peito ainda grita

Enquanto te procuro sem pista alguma...


(Extraído do livro 'Manual Prático de Poesia Absurda para Desesperados" de autoria de Carlinhos de Almeida).

 

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Poesia Gráfica LXXXVI

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