Nasceu, viveu, morreu...
Um edifício desabou em local ignorado
O amante não compareceu ao encontro marcado
No desfile de modas o modelo desfilou pelado...
Nasceu, viveu, morreu...
O milionário morreu de infarto fulminante
Acertaram um tiro na cabeça de pior traficante
Às vezes o anterior vem na frente do adiante...
Nasceu, viveu, morreu...
O nobre cidadão teve ímpetos de roubar
Salvar pode ser mais cruel do que matar
Para muitos a calçada se tornou um lar...
Nasceu, viveu, morreu...
O religioso pediu dólares aos fiéis pregando
Orações foram feitas aos ricos empresários
Todas as exibições mostram apenas o avesso...
Nasceu, viveu, morreu...
A fome se alastra qual uma erva-daninha
A indústria inventou seus novos problemas
Todos os defeitos são apenas o que são...
Nasceu, viveu, morreu...
(Extraído do livro "Manual Prático de Poesia Absurda para Desesperados" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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